Il Messaggiere - China suspende alerta máximo para chuvas após grandes inundações no sul

China suspende alerta máximo para chuvas após grandes inundações no sul
China suspende alerta máximo para chuvas após grandes inundações no sul / foto: Str - AFP

China suspende alerta máximo para chuvas após grandes inundações no sul

A China suspendeu nesta terça-feira (23) o alerta máximo que havia anunciado por algumas horas para o sul do país devido às chuvas torrenciais e às inundações, que obrigaram mais de 100.000 pessoas a abandonar suas casas.

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Desde quinta-feira, chuvas torrenciais afetam a província de Guangdong, centro industrial do país com 127 milhões de habitantes, o que gerou temores sobre a maior "inundação em um século".

A grande cidade de Shenzhen, com mais de 17 milhões de habitantes e na fronteira com Hong Kong, passou várias horas em alerta máximo, mas após o progresso das condições meteorológicas, a medida foi retirada.

Imagens da cidade de Qingyuan, no norte de Guangdong e no delta do rio das Pérolas, mostram um edifício quase totalmente submerso.

A imprensa oficial informou no domingo que mais de 45.000 pessoas abandonaram suas casas em Qingyuan, cidade pela qual passa o rio Bei, um afluente do rio das Pérolas, o terceiro mais longo da China.

A agência estatal de notícias Xinhua informou que 110.000 moradores da província foram realocados desde o início das chuvas,

Até o momento foram relatadas quatro mortes e 10 pessoas desaparecidas devido às inundações.

- Ásia, "a região do mundo mais afetada" -

Em Foshan, no centro de Guangdong, outras quatro pessoas desapareceram depois que uma embarcação colidiu com uma ponte, um incidente que "poderia ter sido provocado pela inundação", informou a Xinhua nesta terça-feira.

O navio, que transportava quase 5.000 toneladas de aço, colidiu com a ponte Jiujiang na noite de segunda-feira e alguns dos 11 tripulantes caíram na água. Sete foram resgatados e quatro continuam desaparecidos.

O sul da China registra fortes chuvas no verão (hemisfério norte, inverno no Brasil), estação que também é marcada por tufões. Na primavera, no entanto, as tempestades não são frequentes.

Nos últimos anos, o país sofreu vários episódios de condições climáticas extremas, de grandes inundações a secas e recorde de calor.

A mudança climática provocada pela emissão de gases do efeito de estufa (dos quais a China é a maior geradora) tornam este tipo de eventos extremos mais frequentes e intensos.

Em setembro, Shenzhen registrou o maior nível de chuvas desde 1952, quando estes dados meteorológicos começaram a ser compilados.

As chuvas também provocaram deslizamentos de terra em algumas áreas montanhosas.

Na China, "as inundações e as secas aumentaram de forma significativa", afirmou Yin Zhijie, meteorologista do Ministério dos Recursos Hídricos da China, a uma emissora de rádio estatal. Ele também expressou preocupação com a "intensificação do aquecimento climático".

Algumas áreas de Guangdong não registravam inundações desta magnitude neste período do ano desde 1954, segundo a rádio estatal chinesa.

A Ásia foi a "região do mundo mais afetada pelas catástrofes" relacionadas com o clima em 2023, com o maior número de vítimas e perdas econômicas provocadas por inundações e tempestades, afirmou a ONU nesta terça-feira.

O relatório sobre o estado do clima na Ásia em 2023 alerta que os principais indicadores da mudança climática aceleraram, como a temperatura da superfície, o retrocesso das geleiras e o aumento do nível do mar.

U.Sparacello--IM