Il Messaggiere - Homem julgado por drogar e estuprar a esposa na França está 'hospitalizado'

Homem julgado por drogar e estuprar a esposa na França está 'hospitalizado'
Homem julgado por drogar e estuprar a esposa na França está 'hospitalizado' / foto: Benoit PEYRUCQ - AFP

Homem julgado por drogar e estuprar a esposa na França está 'hospitalizado'

Dominique Pelicot, o principal acusado no julgamento por drogar a esposa para que ela fosse estuprada por desconhecidos, está "hospitalizado", anunciou sua advogada no tribunal do sul da França que o julga e que deveria interrogá-lo nesta terça-feira (10).

Tamanho do texto:

Pelicot, de 71 anos, "está hospitalizado hoje", disse a advogada Béatrice Zavarro durante o sétimo dia do julgamento de grande repercussão no tribunal de Avignon, sul da França.

O presidente do tribunal, Roger Arata, ordenou um relatório médico sobre o acusado e reiterou que pode suspender o julgamento por alguns dias e aguardar que o estado de saúde do réu melhore.

Pelicot é acusado de fazer a mulher adormecer com a administração de medicamentos contra a vontade dela para que dezenas de estranhos a estuprassem, entre 2011 e 2020, primeiro na região de Paris e depois em sua residência de Mazan, no sul da França.

Pelicot e outros 50 homens, que foram identificados, podem ser condenados a até 20 anos de prisão por estupro com agravante neste caso, que chocou a França e provocou uma onda de indignação ao redor do mundo.

"A senhora Pelicot e seus filhos não desejam testemunhar sem que ele esteja presente", confirmou um dos seus advogados, Stéphane Babonneau. "É absolutamente necessário que o senhor Pelicot receba tratamento médico e possa comparecer ao processo".

O principal acusado não compareceu à audiência de segunda-feira sobre sua personalidade devido a dores intestinais. Ele parecia muito fraco quando compareceu ao banco dos réus, apoiado em uma bengala, segundo um jornalista da AFP.

Antes de uma eventual suspensão, o julgamento foi retomado nesta terça-feira com o depoimento de Stéphan Gal, segundo diretor da investigação do caso, que tem 51 acusados, com idades entre 26 e 74 anos.

L.Bernardi--IM