

Netanyahu deixa a Hungria rumo a Washington
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deixou a Hungria neste domingo (6) com destino a Washington, onde discutirá as tarifas com o presidente Donald Trump.
Espera-se que Netanyahu tente convencer Trump a retirar seu plano de impor uma tarifa média de 17% sobre as importações de Israel, de acordo com a mídia local Axios.
Além da guerra comercial do republicano, os dois líderes discutirão a situação na Faixa de Gaza, onde a possibilidade de um novo cessar-fogo parece distante após a intensificação dos ataques no território palestino nas últimas semanas.
Após uma visita de vários dias na Hungria, Netanyahu partiu para Washington, apesar de ser alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.
Assim que premiê pisou em solo húngaro, Budapeste anunciou sua retirada do TPI.
"Eles tomaram uma atitude corajosa (...) e eu os agradeço", disse o primeiro-ministro israelense em uma coletiva de imprensa, na qual afirmou que era "importante enfrentar essa organização corrupta" que "nos ataca apesar de estarmos travando uma guerra justa".
O líder israelense não viajava para nenhum país europeu desde 2023. Ele recebeu o convite para Budapeste um dia depois que o TPI emitiu o mandado de prisão contra ele em novembro de 2024.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, hostil à hierarquia da União Europeia e frequentemente próximo de líderes como Trump e Vladimir Putin, da Rússia, recebeu Netanyahu com honras militares e um tapete vermelho.
A Hungria classificou a instituição como "politicamente tendenciosa" e seguiu os passos do presidente americano, que em fevereiro impôs sanções ao tribunal por "ações ilegais e infundadas contra os Estados Unidos" e seu "aliado próximo Israel".
Netanyahu e Orban tiveram uma conversa telefônica com Trump sobre a decisão da Hungria.
N.Baggi--IM