Il Messaggiere - Perto de um veredicto, julgamento de Trump entra na reta final

Perto de um veredicto, julgamento de Trump entra na reta final
Perto de um veredicto, julgamento de Trump entra na reta final / foto: Mark Peterson - POOL/AFP

Perto de um veredicto, julgamento de Trump entra na reta final

Donald Trump volta, nesta terça-feira (28), ao tribunal de Nova York para a reta final de seu julgamento, no qual aguarda uma decisão dos 12 jurados com o risco de se tornar o primeiro ex-presidente da história dos Estados Unidos condenado criminalmente.

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Após seis semanas de intensos embates, a defesa e a Promotoria terão uma última oportunidade de convencer o júri formado por sete homens e cinco mulheres. Seu veredicto será determinante para o futuro político de Trump, em sua corrida pelas presidenciais de 5 de novembro.

A Promotoria insistirá que o 45º presidente dos Estados Unidos (2017-2021) foi culpado de falsificar documentos contábeis de seu grupo empresarial, a Trump Organization, para ocultar um pagamento de 130.000 dólares à ex-atriz pornô Stormy Daniels para evitar um escândalo sexual ao final de sua campanha presidencial de 2016, da qual saiu vencedor.

Destacarão que através desse pagamento, que equiparam a um gasto oculto de campanha, Donald Trump "corrompeu" as eleições.

A atriz, cujo verdadeiro nome é Stephanie Clifford, afirma que Trump comprou seu silêncio sobre uma relação sexual que disse ter tido com ele em 2006, quando já estava casado com sua esposa Melania.

O ex-presidente republicano, que ganhou as eleições por uma margem estreita contra Hillary Clinton, nega a relação e se apresenta como vítima de uma perseguição política. Ele ainda desistiu de depor em juízo.

Por sua vez, a defesa novamente tentará minar a credibilidade de Michael Cohen, que foi advogado e homem de confiança de Trump, mas que se tornou seu principal acusador, ante um júri que deve emitir um veredito unânime para que o ex-mandatário seja declarado culpado.

Cohen afirma que por ordem de seu chefe pagou Stormy Daniels com seu próprio dinheiro "para garantir que a história não fosse revelada e não afetasse as possibilidades de Donald Trump de se tornar o presidente dos Estados Unidos". Segundo a acusação, o dinheiro lhe foi reembolsado por meio de notas falsas e registros disfarçados de "honorários legais" nas contas da Trump Organization.

Uma vez terminadas as alegações finais, o juiz Juan Merchan confiará aos jurados - provavelmente na quarta-feira - a decisão de declarar o ex-presidente como culpado ou inocente.

Se o júri não chegar a um consenso, o julgamento terá que ser realizado novamente.

R.Abate--IM