Partido no poder reconhece derrota na Macedônia do Norte
Os social-democratas, no poder na Macedônia do Norte, reconheceram nesta quarta-feira (8) sua derrota para a direita nacionalista em uma eleição que era chave para suas aspirações de integrar a União Europeia (UE).
Os eleitores do país dos Bálcãs, membro da Otan e candidato à UE desde 2005, foram convocados a eleger um presidente em segundo turno e a renovar o Parlamento.
"Felicito nosso adversário político VMRO-DPMNE por sua vitória nas eleições", disse o premiê Dimitar Kovacevski, líder do partido social-democrata SDSM.
Os resultados das eleições ainda não foram divulgados, mas antecipam relações conflituosas com os vizinhos Grécia e Bulgária, ambos membros do bloco europeu e com os quais o país teve atritos diplomáticos nos últimos anos. Também terão um efeito importante no sonho da antiga república iugoslava de ingressar na UE.
O líder do partido VMRO-DPMNE, Hristijan Mickoski, negou-se a aceitar o novo nome do país, definido com a Grécia em 2018, após uma disputa diplomática de duas décadas, e que permitiu levantar o veto de Atenas à entrada de Skopje na Otan.
Mickoski também mantém uma disputa com Sófia, que pede que a Macedônia do Norte reconheça a minoria búlgara na Constituição e que o idioma da Macedônia seja considerado um dialeto do búlgaro.
Se o VMRO-DPMNE conquistar a maioria no Parlamento, Mickoski estará bem posicionado para se tornar primeiro-ministro. O líder prometeu criar dezenas de milhares de empregos, uma mensagem sensível em um país que perdeu 10% da sua população nos últimos 20 anos para a emigração, protagonizada pelos jovens.
R.Marconi--IM