Il Messaggiere - Ataque russo mata criança na cidade ucraniana de Dnipro

Ataque russo mata criança na cidade ucraniana de Dnipro
Ataque russo mata criança na cidade ucraniana de Dnipro / foto: Handout - Telegram account of Serhiy Lysak, head of the Dnipropetrovks regional military administration/AFP

Ataque russo mata criança na cidade ucraniana de Dnipro

As autoridades ucranianas denunciaram neste domingo (4) dois ataques aéreos na região central do país, incluindo um bombardeio que matou uma menina de dois anos e deixou 22 feridos na cidade de Dnipro e outro contra uma base aérea.

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Do outro lado da fronteira, o governador da região russa de Belgorod pediu aos moradores que abandonem as áreas que são alvos bombardeios, que se tornaram mais intensos nos últimos dias.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, culpou a Rússia pelo ataque em Dnipro que, segundo um governador local, destruiu parcialmente um edifício de dois andares, 10 casas particulares, uma estabelecimento comercial e um gasoduto.

Ele disse que mais vítimas estão presas nos escombros.

A Rússia intensificou os bombardeios contra a Ucrânia nas últimas semanas, ao mesmo tempo que aumentaram as incursões das tropas de Kiev no território russo.

A Ucrânia prepara há vários meses uma grande contraofensiva para tentar recuperar os territórios perdidos desde a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

Entre os escombros do ataque de sábado, as equipes de emergência encontraram o corpo de uma menina.

"Durante a noite, o corpo de uma menina foi retirado dos escombros de uma casa no bairro de Pidhorodnenska", anunciou Serhiy Lisak, governador da região de Dnipropetrovsk.

"Ela havia acabado de completar dois anos", acrescentou

O governador informou ainda que entre os 22 feridos, cinco são crianças. Três delas, em estado grave, precisaram passar por cirurgias.

"Mais uma vez, a Rússia demonstra que é um Estado terrorista", afirmou Zelensky.

- Dois mortos do lado russo -

O exército ucraniano também informou que mísseis russos atingiram uma base aérea próxima da cidade de Kropyvnytskyi, no centro do país.

Seis mísseis e cinco ataques com drones foram executados pela Rússia", afirmou o porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yuriy Ignat.

"Infelizmente, nem todos foram destruídos. Dos seis, quatro foram destruídos pela defesa aérea e dois atingiram a base próxima de Kropyvnytskyi", afirmou, sem revelar mais detalhes.

Kropyvnytskyi é uma cidade pequena da região de Kirovohrad, ao sul de Kiev.

Pouco depois do anúncio de Kiev, o exército da Rússia confirmou que bombardeou bases aéreas militares ucranianas durante a noite com armas de longo alcance.

Um comunicado militar russo afirma que os ataques atingiram "postos de comando, estações de radar, equipamento ucraniano de aviação e um depósito de armas e munições", mas não revela a localização das bases.

Em Kiev, o comandante da administração militar local informou que as defesas aéreas da capital derrubaram vários mísseis e drones durante a noite.

"De acordo com informações preliminares, nenhum alvo foi atingido na capital", afirmou Serhiy Popko no Telegram.

Do lado russo, um bombardeio ucraniano no sábado matou duas pessoas em Belgorod, região próxima da fronteira que foi alvo de vários ataques na última semana, informou o governador local Viatcheslav Gladkov.

Os municípios fronteiriços em Belgorod foram alvos de ataques sem precedentes, com o total de sete mortes durante a semana.

Gladkov pediu neste domingo aos moradores das áreas bombardeadas que abandonem suas casas.

"Peço aos habitantes das localidades bombardeadas, em particular os moradores do distrito de Shebekino, que sigam as instruções das autoridades e abandonem temporariamente suas casas", declarou o governador.

Ele disse que os distritos de Shebekino e Volokonovski foram alvos de novos ataques durante a noite, que provocaram "muitos danos", mas sem vítimas.

Várias localidades russas próximas da fronteira foram atacadas durante a semana.

"Se o governo não nos ajudar a reconstruir e não entregar moradias, todos os habitantes (de Shebekino) ficarão desabrigados", disse Yevgeny Klioutshnikov, que descreveu a localidade como uma 'cidade fantasma' marcada por crateras provocadas por bombas.

K.Costa--IM