O 'batismo' na Champions dos técnicos de Liverpool, Milan, Bayern e Juventus
Com resultados diversos, vários clubes da elite europeia trocaram de comando e a estreia na Liga dos Campeões é a primeira prova de fogo para seus novos treinadores, cujo futuro pode ficar marcado pelo desempenho na competição continental.
O impecável início do holandês Arne Slot à frente do Liverpool (3 vitórias, sete gols marcados e nenhum sofrido no Campeonato Inglês) foi interrompido no último fim de semana, quando os 'Reds' foram derrotados em Anfield pelo Nottingham Forest (1 a 0).
Um resultado que deixa o Liverpool a três pontos do líder, o Manchester City, mas que evidencia que a equipe sofre quando Mohamed Salah e Luis Díaz não estão inspirados.
Seis dos sete gols marcados pelos 'Reds' nesta temporada têm as assinaturas do egípcio e do colombiano (três cada um).
O outro foi marcado pelo português Diogo Jota, enquanto jogadores como o uruguaio Darwin Núñez e o holandês Cody Gapko ainda não balançaram as redes.
O italiano Federico Chiesa, que chegou no fechamento da janela de transferências procedente da Juventus, pode estrear na terça-feira, contra o Milan, em San Siro, e reforçar o sistema ofensivo do Liverpool.
- Chiesa pode reforçar ataque dos 'Reds' -
Por enquanto, este aspecto não parece preocupar Slot, que no sábado, após a derrota para o Forest, elogiou o trabalho da equipe: "O que espero de meus jogadores é que mostrem esta mesma atitude, seja depois de uma boa vitória, um empate ou uma derrota".
Primeiro adversário do Liverpool nesta nova edição da Champions, o Milan também tem um novo treinador, o português Paulo Fonseca, cujo início de temporada foi mais complicado: apenas dois pontos somados nas primeiras três rodadas do Campeonato Italiano, até o time finalmente conseguir vencer, no último fim de semana, com uma goleada sobre o Venezia (4 a 0).
O mau início levou inclusive o proprietário do clube Gerry Cardinale a mostrar seu apoio a Fonseca após o empate em 2 a 2 com a Lazio antes da pausa para a data Fifa.
"Contra o Liverpool teremos que jogar com a mesma energia e a mesma intensidade que mostramos contra o Venezia. Ainda temos coisas a trabalhar, mas o mais importante é ter esta energia", declarou o treinador português no fim de semana.
Liverpool e Milan são velhos conhecidos na Europa. Em 2005, os dois clubes protagonizaram uma final de Champions memorável, quando os 'Reds' foram para o intervalo perdendo por 3 a 0, empataram o jogo no segundo tempo e levaram o título nos pênaltis.
Dois anos depois, os italianos tiveram sua revanche (2 a 1).
- Final em casa -
Sem esquecer que, depois do Real Madrid (15 títulos), Milan e Liverpool são os maiores vencedores do torneio. Os italianos têm sete conquistas, contra seis dos ingleses, empatados com o Bayern de Munique.
O time bávaro é outro dos gigantes do continente que mudou de treinador após decepcionar na temporada passada: terceiro colocado no Campeonato Alemão a 18 pontos do campeão, o Bayer Leverkusen.
Thomas Tuchel deixou o comando da equipe e deu lugar ao ex-zagueiro belga Vincent Kompany, que assumiu o cargo e, apesar de sua pouca experiência como treinador, começou a todo vapor: três vitórias em três rodadas, 11 gols marcados (seis deles no último sábado, na goleada por 6 a 1 sobre o Holstein Kiel) e apenas três sofridos.
Nesta temporada, o Bayern tem como motivação o fato de a final da Champions estar marcada para sua casa, a Allianz Arena, mas como lembrou Kompany, "não se chega a esse jogo pelo que se fala, mas pelo trabalho árduo que é necessário para jogá-lo".
- Thiago Motta ao resgate da Juve -
Também na terça-feira, outra potência do futebol europeu estreia na Champions com um novo treinador: a Juventus. O ítalo-brasileiro Thiago Motta, depois de uma grande temporada à frente do Bologna (equipe que também vai disputar o torneio continental), assumiu o time 'bianconero' em julho.
Motta ainda está invicto no comando da Juve, mas os últimos dois empates (0 a 0 com Roma e Empoli) reduziram um pouco a euforia após as vitórias iniciais (3 a 0 sobre Como e Verona).
Pelo que foi visto até agora, o treinador tem conseguido dar mais consistência à defesa da equipe (nenhum golo sofrido em quatro jogos), mas também tem dificuldades para marcar.
Dínamo de Zagreb e PSV Eindhoven, que na terça-feira visitam Bayern de Munique e Juventus, respectivamente, podem dar uma primeira impressão do nível desses dois gigantes europeus.
E.Mancini--IM