Il Messaggiere - Argentinos preferiam volta de Messi ao Barça mas apoiam decisão do craque de jogar nos EUA

Argentinos preferiam volta de Messi ao Barça mas apoiam decisão do craque de jogar nos EUA
Argentinos preferiam volta de Messi ao Barça mas apoiam decisão do craque de jogar nos EUA / foto: Odd ANDERSEN - AFP

Argentinos preferiam volta de Messi ao Barça mas apoiam decisão do craque de jogar nos EUA

Na Argentina, muitos torcedores preferiam que o craque Lionel Messi voltasse ao Barcelona, mas apoiam que ele vá "aonde o tratem bem", depois de saberem nesta quarta-feira (7) que o campeão mundial na Copa do Catar-2022 com a 'Albiceleste' escolheu o Inter Miami.

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O presidente da Associação Argentina de Futebol (AFA), Claudio Tapia, escreveu no Twitter: "Leo, onde quer que você vá, nós o seguiremos! Se você está feliz, nós também. A partir de hoje, o Inter Miami tem um novo torcedor".

A reação quase unânime também foi de respirar aliviado pelo fato de o artilheiro e capitão da seleção argentina seguir de olho na Copa América-2024 e, quem sabe, no Mundial dos Estados Unidos, Canadá e México, que será disputado em 2026, e que não irá para o futebol da Arábia Saudita, outro destino que vinha sendo cogitado.

"Gostei que ele vá embora do Paris Saint-Germain pela forma como o trataram. No Barcelona ele é amado. Mas como é o Messi em todos os lugares o recebem bem", disse à AFP Matías Carrizo, um vendedor ambulante de 26 anos.

O astro do futebol mundial anunciou nesta quarta-feira que tomou a decisão de assinar com a franquia que tem como um dos donos David Beckham, da liga profissional americana (MLS), embora tenha admitido que ainda não fechou o acordo "100%".

"É claro que gostaríamos de ver Messi terminar sua carreira no Barcelona, que é seu lugar no mundo, mas as pressões e exigências no Barça são muito grandes e talvez Messi não queira mais isso", disse à AFP o jornalista Daniel Guiñazú, do jornal Página/12.

Ele considerou que a decisão de Messi foi por "um ambiente favorável e mais amigável, que não é a Arábia Saudita onde lhe pagariam 600 milhões de dólares mas iria para uma cultura que não é a dele".

Em carta aberta aos torcedores do PSG no portal Infobae, o jornalista Alberto Amato lamentou sua atitude: "Gente, o problema de vocês é ter menos estrada (sabedoria popular) do que um monge. Tinham Messi no mesmo time, Mbappé e Neymar, e sempre reclamaram".

"Boicotaram da arquibancada um time que poderia ter sido campeão de tudo com um pouco mais de tempo", disparou Amato.

- Mudança de continente -

O jornalista esportivo Sebastián Varela del Río disse no Twitter: "Seguiremos Messi aonde quer que ele vá porque temos uma dívida impagável com ele. Nunca poderemos igualar a felicidade que ele nos deu. Por isso, diante de tamanha evidência, a única certeza é o dever de lealdade. Isso será para sempre, como a copa dourada de Lusail", estádio de Doha onde o astro conquistou o tricampeonato mundial.

"Messi pode escolher o destino que quiser. Os Estados Unidos não têm uma tradição futebolística muito importante, mas Messi pode ir a qualquer lugar. Me parece que é uma estratégia. É outro continente, não é a Europa. Talvez seja onde procura ficar mais calmo", disse à AFP Sandra Oldani, uma funcionária de 60 anos.

O jornalista Hernán Cabrera, que acompanha a campanha do Newell's Old Boys, clube argentino onde Messi deu seus primeiros passos em Rosario, sua cidade natal, ficou perplexo com a decisão do capitão albiceleste: "Agora que vem a Copa América (2024), achei que ele ia para um campeonato mais competitivo. A realidade é que o Inter (Miami) está vivendo um péssimo momento e o futebol que se joga lá não é o melhor para quem precisa de uma competição do mais alto nível", alertou.

Para o jornalista esportivo Horacio del Prado, a decisão de Messi é "um golpe mortal para (o presidente do Barcelona) Joan Laporta, que o descartou em 2021 e não soube como corrigir seu erro em 2023 e consagra a era do futebol de mercado, liderados pelos Estados Unidos com vantagem sobre árabes e chineses".

Mas também avisou que a decisão do craque "suspende uma ilusão periférica, a de quem se pergunta: e com que idade voltará a jogar no Newell's? Aos 40, 45, 50...?".

L.Bernardi--IM