Il Messaggiere - Leonora Carrington entra no panteão das artistas femininas mais bem cotadas

Leonora Carrington entra no panteão das artistas femininas mais bem cotadas
Leonora Carrington entra no panteão das artistas femininas mais bem cotadas / foto: TIMOTHY A. CLARY - AFP

Leonora Carrington entra no panteão das artistas femininas mais bem cotadas

A anglo-mexicana Leonora Carrington entrou no panteão das artistas femininas mais bem cotadas, após sua pintura "As Distrações de Dagoberto" ter sido leiloada por US$ 28,4 milhões (R$ 145,5 milhões) esta semana em Nova York.

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A obra, recorde da pintora surrealista em um leilão, foi adquirida na noite de quarta-feira (15) pelo fundador do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba), Eduardo F. Costantini, que a descreveu como "uma pintura icônica".

A obra fará parte de um acervo que inclui também, entre outras, duas importantes obras de Remedios Varo e outra de Frida Kahlo, "Diego e eu", pelas quais pagou US$ 34,8 milhões (R$ 178,3 milhões na cotação atual) em novembro de 2021, levando a pintura latino-americana a níveis nunca vistos antes.

Depois de uma emocionante disputa de dez minutos em que seis pessoas deram lances, duas delas na sala, o público explodiu em aplausos quando o martelo do leiloeiro Oliver Barker soou anunciando a premiação da pintura de Carrington, que a casa havia estimado entre US$ 12 milhões e US$ 18 milhões.

Este recorde coloca Carrington (1917-2011) “entre as cinco artistas femininas mais bem cotadas, à frente de homens como Max Ernst ou Salvador Dalí”, segundo a Sotheby's.

Juntamente com Carrington e Frida Kahlo, este seleto clube de artistas femininas é formado por Georgia O'Keeffe, Louise Bourgeois e Joan Mitchell.

A obra de Carrington foi a segunda mais cara da noite dedicada à pintura moderna na semana de leilões da primavera.

"Almiar", do pintor impressionista francês Claude Monet, foi arrematado por 34,8 milhões de dólares por um comprador asiático.

- Blue Moon -

Outra estrela dos arremates foi “Blue Moon”, de Alexander Calder, vendida na sala por 14,3 milhões de dólares (R$ 73,3 milhões), também acima do seu preço estimado, entre US$ 7 milhões e US$ 10 milhões. É uma das poucas obras deste artista americano em mãos privadas e a primeira a aparecer em leilão em 25 anos.

Há um clima de otimismo entre as casas de leilões americanas para a semana de vendas da primavera, depois dos bons resultados em Londres e Paris.

Esperam ultrapassar, no final de 2024, os 14,9 bilhões de dólares (R$ 76,3 bilhões na cotação atual) do ano passado, o que representou uma queda de 14% em relação a 2022, embora as transações online tenham registrado um aumento de 285%.

U.Sparacello--IM