Il Messaggiere - Companhia grega nega envolvimento com cocaína encontrada em navio que zarpou do Brasil

Companhia grega nega envolvimento com cocaína encontrada em navio que zarpou do Brasil
Companhia grega nega envolvimento com cocaína encontrada em navio que zarpou do Brasil / foto: Handout - Guardia di Finanza press office/AFP

Companhia grega nega envolvimento com cocaína encontrada em navio que zarpou do Brasil

A companhia marítima grega Laskaridis Shipping negou, nesta sexta-feira (21), qualquer envolvimento no transporte de 850 kg de cocaína apreendidos na Itália a bordo de um de seus graneleiros que havia zarpado do Brasil.

Tamanho do texto:

"Nem a tripulação, nem a companhia estão envolvidos" no transporte da cocaína encontrada no navio "Atlas", no porto de Veneza, afirmou a empresa em comunicado.

"A sociedade Laskaridis Shipping, administradora comercial do graneleiro 'Atlas', está colaborando com as autoridades [italianas] na investigação", acrescentou.

O "Atlas", um navio com bandeira da Libéria, zarpou do porto de Santos em 23 de março, e chegou a Veneza, no nordeste da Itália, em 17 de abril.

A droga, avaliada em 150 milhões de euros (cerca de R$ 830 milhões), estava escondida na tubulação do navio, "aproximadamente 11 metros sob a linha de flutuação [...], em uma parte inacessível do interior [da embarcação] e à qual apenas mergulhadores conseguem ter acesso", detalhou a Laskaridis Shipping.

O tráfico de drogas na Europa é controlado, em boa parte, pela máfia calabresa 'Ndrangheta, que compartilha o mercado com outras organizações criminosas em função de sua localização geográfica ou suas especialidades (logística, segurança, lavagem de dinheiro).

Na segunda-feira, a polícia italiana apreendeu 2 toneladas de cocaína, avaliadas em cerca de 400 milhões de euros (cerca de R$ 2,2 bilhões), em pacotes impermeáveis que flutuavam no Mediterrâneo perto da Sicília.

Segundo a Europol, a agência de cooperação policial da União Europeia, o comércio varejista de cocaína, que procede amplamente de países latino-americanos, representa atualmente um mercado de 7,6 a 10,5 bilhões de euros (entre 42 e 58 bilhões de reais) na Europa.

L.Sabbadin--IM