Il Messaggiere - Número de mortos em incêndio em barco na RD Congo é rebaixado para 33

Número de mortos em incêndio em barco na RD Congo é rebaixado para 33
Número de mortos em incêndio em barco na RD Congo é rebaixado para 33 / foto: ALEXIS HUGUET - AFP

Número de mortos em incêndio em barco na RD Congo é rebaixado para 33

O incêndio reportado no início da semana em uma embarcação na República Democrática do Congo (RDC) deixou 33 mortos, segundo o balanço oficial divulgado neste sábado (19) pelo prefeito de uma cidade próxima ao local da tragédia.

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O balanço, o primeiro oficial desde o incêndio, é muito menor que os relatos anteriores divulgados à AFP por um deputado e um representante local, de mais de 140 mortos.

O prefeito de Mbandaka, Yves Balo, explicou que isso se deveu a uma "confusão" e ao fornecimento de balanços de tragédias anteriores ocorridas no rio Congo, onde esses desastres são frequentes.

"Contamos 195 sobreviventes (22 queimados atendidos no hospital de Wangata), 33 mortos (29 já enterrados e quatro ainda no necrotério)", declarou o prefeito deste município do noroeste do país.

Mbandaka é a capital da província do Equador, na confluência dos rios Ruki e Congo, o mais profundo do mundo.

Viajavam na embarcação de madeira mais de 200 pessoas quando o incêndio começou, informou Balo.

Joséphine-Pacifiqui Lokumu, líder de uma delegação de deputados nacionais na região, reportou inicialmente 143 mortos no desastre e Joseph Lokondo, um líder da sociedade civil local que ajudou a enterrar muitos dos corpos, deu um balanço provisório de 145 mortos.

- Poucas chances de encontrar sobreviventes -

Segundo Lokumu, o incêndio começou quando “uma mulher acendeu as brasas para cozinhar” na embarcação e o combustível que estava perto explodiu.

Vários vídeos divulgados em redes sociais mostram uma longa embarcação em chamas, encalhada perto da costa.

A República Democrática do Congo, um imenso país africano de 2,3 milhões de quilômetros quadrados, carece de estradas transitáveis e os aviões têm rotas para poucos destinos.

Essas condições fazem com que as pessoas viajem frequentemente pelos lagos ou pelo rio Congo, o segundo mais extenso da África depois do Nilo, e por seus sinuosos afluentes, onde naufrágios são frequentes e o número de vítimas costuma ser alto.

Os esforços de busca são complexos, pois normalmente as embarcações não navegam com uma lista de passageiros.

Em outubro de 2023, pelo menos 47 pessoas morreram quando a embarcação onde estavam naufragou no Congo, também na província do Equador.

Em outubro passado mais de 20 pessoas morreram em outro naufrágio no lago Kivu, no leste da RDC, segundo as autoridades locais.

R.Marconi--IM