Il Messaggiere - Americanos comemoram Dia de Ação de Graças marcado pela volta de Trump

Americanos comemoram Dia de Ação de Graças marcado pela volta de Trump
Americanos comemoram Dia de Ação de Graças marcado pela volta de Trump / foto: CHARLY TRIBALLEAU - AFP

Americanos comemoram Dia de Ação de Graças marcado pela volta de Trump

Paradas, futebol americano e ceias farão parte, nesta quinta-feira (28), da celebração anual do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, com um céu carregado e a volta de Donald Trump à Casa Branca como pano de fundo.

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A pesar da chuva torrencial que caía em Nova York, uma multidão foi assistir a parada anual com bandas de música, balões gigantes e carros alegóricos.

Entre as celebridades com presença prevista no entorno da icônica loja de departamentos Macy's, patrocinadora do desfile há tempos, estavam as cantoras Kylie Minogue, Jennifer Hudson e Cynthia Erivo, protagonista do novo filme "Wicked".

Eventos similares estavam programados em cidades de todo o país por ocasião desta data, celebrada há séculos e que em 1941 foi estabelecida para a quarta quinta-feira de novembro.

Considerada um momento de encontro familiar - usualmente em volta de uma mesa cheia de comida, tendo como prato principal o peru assado -, esta é a época do ano em que mais pessoas viajam pelo país.

Segundo estimativas da Associação Americana do Automóvel (AAA, na sigla em inglês), espera-se que cerca de 80 milhões de pessoas peguem a estrada, viajem de avião ou em outro veículo de transporte para percorrer mais de 80 km durante o feriado.

Mas muitos tiveram que enfrentar um importante sistema de tempestades que passou pelo país esta semana e que continuava nesta quinta-feira com chuvas e neve no nordeste, incluindo cidades como Nova York e Boston.

O feriado também inclui vários jogos de futebol americano da NFL, que muitos americanos assistem após a ceia.

- 'Lunáticos da esquerda radical' -

As reuniões de Ação de Graças serão as primeiras para muitas famílias desde as eleições de 5 de novembro, vencidas pelo republicano Donald Trump.

Para alguns, a polarização foi grande demais, e eles preferem evitar completamente as discussões sobre política.

É o caso de Deb Miedema, que mora em Minnesota. "Não posso me imaginar preparando uma refeição para 40 pessoas e que metade delas concordem com esta situação", disse à AFP esta mulher de 50 anos.

"Trump não para de dizer mentiras, é um criminoso e parece que está tudo bem", lamentou.

Enquanto isso, o presidente Joe Biden passava seu último Dia de Ação de Graças no cargo, acompanhado de sua família na ilha de Nantucket, em Massachusetts, onde visitou um departamento dos bombeiros local na quinta-feira e falou rapidamente com jornalistas.

Quando foi perguntado pelo que se sentia grato, o presidente democrata, de 82 anos, respondeu: "Minha família, a transição pacífica da Presidência e estou grato pela graça de Deus de termos podido fazer mais avanços no Oriente Médio."

Ele também disse que Trump, que prometeu fazer reformas de grande alcance, pode ter que "fazer um pequeno acerto de contas interno" quando assumir o cargo em janeiro, dado o controle estreito de seu partido no Congresso.

A vice-presidente Kamala Harris, que recentemente passou férias no Havaí depois de perder as eleições, tinha previsto falar com famílias de militares e visitou uma organização sem fins lucrativos em Washington para ajudar a preparar refeições gratuitas.

"No Dia de Ação de Graças também expressamos nossa gratidão como país por nossos membros do serviço [militar] e suas famílias, pelo sacrifício que fizeram para proteger nossa nação e nossos valores mais sagrados", disse em um vídeo publicado nas redes sociais.

Trump, por sua vez, postou nas redes: "Feliz Dia de Ação de Graças a todos, inclusive aos lunáticos da esquerda radical, que se esforçaram para destruir nosso país, mas fracassaram miseravelmente."

H.Giordano--IM