Três juízes, dois promotores e um militar são detidos por 'conspiração' na Venezuela
Três juízes, dois promotores e um militar foram detidos na Venezuela por um novo plano de "conspiração" contra o governo de Nicolás Maduro, anunciou, neste sábado (23), o ministro do Interior, Diosdado Cabello, que vinculou os detidos à oposição e a empresários.
"Há uma nova conspiração, uma nova operação contra o país, uma nova operação de desestabilização que tem origem no estado de Zulia (noroeste)", disse Cabello durante uma coletiva de imprensa, ao destacar que um grupo de juízes, promotores e militares da ativa e da reserva foram mobilizados para o plano.
"Estão detidos o senhor Pedro Velasco Prieto, presidente do circuito judicial penal do estado de Zulia - noroeste -; Maurelis Vilches Prieto, juíza do estado de Zulia; Maryol Plaza Hernández, juíza do estado de Zulia; Francisco Urdaneta, promotor (....) José Gregorio Rondón, promotor", acrescentou o ministro, que posteriormente informou que um militar também tinha sido detido.
Segundo ele, os detidos hoje têm "vínculos diretos" com a líder da oposição María Corina Machado, os dirigentes Juan Pablo e Tomás Guanipa, e um importante empresário de Zulia, José Enrique Rincón, que - segundo afirmou - está na Espanha.
As investigações estão em curso e não estão descartadas novas detenções, pois Cabello assegurou que há mais empresários envolvidos, assim como grupos de "paramilitares", que estão sendo treinados na Colômbia e no Equador para atentar contra a Venezuela.
As autoridades venezuelanas também apreenderam armas de diferentes tipos: seis fuzis de fabricação colombiana, um fuzil M4, oito fuzis AK47, seis fuzis M16 de fabricação americana, um lança-gramadas, uma pistola Glock e um drone.
O governo da Venezuela denuncia constantemente planos de desestabilização. Esta semana, a vice-presidente, Delcy Rodríguez, assegurou que três instalações petroleiras foram atacadas como parte de um plano da oposição venezuelana pelo qual foram detidas 11 pessoas.
Em outubro, o próprio Cabello anunciou a detenção de 19 "mercenários" estrangeiros por planos de conspiração contra o governo Maduro, entre eles cidadãos americanos e colombianos.
J.Romagnoli--IM