Il Messaggiere - Maduro acusa mídia internacional na Venezuela de ser 'assassina de aluguel'

Maduro acusa mídia internacional na Venezuela de ser 'assassina de aluguel'
Maduro acusa mídia internacional na Venezuela de ser 'assassina de aluguel' / foto: MARCELO GARCIA - Venezuelan Presidency/AFP

Maduro acusa mídia internacional na Venezuela de ser 'assassina de aluguel'

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tachou, nesta segunda-feira (22), veículos da imprensa internacional, entre eles a Agence France-Presse (AFP), de serem "assassinos de aluguel", faltando seis dias para as eleições presidenciais nas quais tentará a reeleição.

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"Eles tentaram nos invisibilizar mil vezes, agora a operação é dirigida por assassinos de aluguel, assassinos de aluguel e da mentira, a agência EFE da Espanha, a agência AFP, a agência AP, CNN e várias emissoras de televisão daqui. Mais uma vez, nós conhecemos a história, eu já vi esse filme", disse Maduro em um comício em San Cristóbal, estado de Táchira (oeste), que faz fronteira com a Colômbia.

Segundo o mandatário, os meios de comunicação internacionais o censuram e "manipulam" informações sobre sua campanha eleitoral, à qual o acesso é limitado.

"Desde já estão gritando fraude", disse. "Ninguém vai manchar o processo político. Se atravessarem o sinal vermelho, vão se arrepender por 200 anos, e será o último erro que vão cometer em suas vidas, será seu último erro político, haverá justiça contra os fascistas!", exclamou.

Maduro já havia atacado as agências e meios internacionais. Na semana passada, os chamou de "lixo" e de "ponta de lança" de um suposto plano da oposição para denunciar fraudes nas eleições de 28 de julho.

No próximo domingo, Maduro enfrentará nas urnas o opositor Edmundo González, o candidato que representa a política carismática, mas inabilitada, María Corina Machado, a quem a maioria das pesquisas colocam em vantagem.

O chavismo normalmente desconsidera essas pesquisas, alegando que são fabricadas, e apresenta suas próprias projeções que o favorecem.

Durante a campanha, que se encerra oficialmente na quinta-feira, foram detidos cerca de 100 opositores, segundo organizações de defesa dos direitos humanos.

O governo, por outro lado, denunciou planos para atentar contra a vida do presidente e conspirações para derrubar o governo.

A Associação de Imprensa Estrangeira (APEX) reprovou os ataques aos veículos de informação. "Pedimos que não envolvam a imprensa internacional no debate político nem em acusações infundadas", indicou.

A Venezuela aparece na 156ª colocação de 180 no índice mundial de liberdade de imprensa da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Segundo o Colégio Nacional de Jornalistas (CNP, na sigla em espanhol), mais de 400 meios de comunicação fecharam as portas na Venezuela nos últimos 20 anos. O governo retirou do ar a popular emissora RCTV e ordenou a remoção do sinal da CNN en Español, da Deutsche Welle (DW) e das emissoras colombianas NTN24 e RCN das operadoras de TV a cabo.

I.Pesaro--IM