Il Messaggiere - Tribunal do Quênia prorroga ordem que suspende envio de força policial ao Haiti

Tribunal do Quênia prorroga ordem que suspende envio de força policial ao Haiti
Tribunal do Quênia prorroga ordem que suspende envio de força policial ao Haiti / foto: LUIS TATO - AFP

Tribunal do Quênia prorroga ordem que suspende envio de força policial ao Haiti

Um tribunal queniano prorrogou nesta terça-feira (24) uma ordem que impede o governo de enviar centenas de policiais ao Haiti para liderar uma missão apoiada pela ONU para pacificar o conturbado país caribenho.

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A decisão foi tomada um dia depois de a ONU ter alertado que a segurança no Haiti, onde gangues violentas controlam grande parte do país, se deteriorou ainda mais, atingindo níveis recordes de criminalidade.

Em outubro, o Conselho de Segurança da ONU aprovou o envio da missão multinacional liderada pelo Quênia para apoiar a sobrecarregada polícia haitiana.

Mas a Alta Corte de Nairóbi emitiu uma ordem provisória em um caso movido pelo líder da oposição Ekuro Aukot, que argumentou que o envio de policiais é inconstitucional e carece de respaldo jurídico.

"O tribunal tratou deste assunto antes de outros e não faria sentido anular ou permitir que as ordens judiciais caducassem", disse o juiz da Alta Corte, Enock Mwita. Ele anunciou que a questão será analisada em sessão aberta a partir de 9 de novembro.

Por sua vez, Aukot disse à AFP que estava "muito feliz e emocionado" com a nova ordem judicial, porque interrompeu o envio até que o caso seja ouvido e decidido.

Os detalhes da mobilização policial não foram definidos, e o Parlamento ainda deve aprová-la. O gabinete do governo disse, em 13 de outubro, tê-la enviado para ratificação legislativa.

Mas, para Aukot, a aprovação parlamentar seria contrária à decisão do tribunal, razão pela qual tomará medidas legais contra todos os membros do gabinete.

A participação do Quênia foi criticada localmente como uma missão arriscada.

Grupos de direitos humanos afirmam que a polícia queniana tem um histórico de uso da força letal contra civis e que isso seria um risco inaceitável no Haiti, onde tropas estrangeiras cometeram abusos em intervenções anteriores.

R.Abate--IM