Polônia, República Tcheca e Áustria impõem controles antimigrantes na fronteira com Eslováquia
Os governos de Polônia, República Tcheca e Áustria informaram, nesta terça-feira (3), a implementação de controles nas suas fronteiras com a Eslováquia para conter o fluxo de migrantes em situação clandestina.
"Desde a meia-noite, estamos reintroduzindo os controles na fronteira com a Eslováquia", disse o ministro polonês do Interior, Mariusz Kaminski, a repórteres.
Trabalhando "em coordenação com os vizinhos", a República Tcheca fará o mesmo, acrescentou o ministro.
"O número de migrantes 'ilegais' (sic) na União Europeia começa a crescer novamente. Não encaramos isso de forma leviana", disse o primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, na rede social X (antigo Twitter).
A Áustria disse que também tomará medidas parecidas.
Em um comunicado enviado para a AFP, o governo informou que está reforçando os controles existentes, desta vez diretamente na fronteira, e não nas zonas próximas, em 11 pontos diferentes.
"Temos que controlar de forma eficaz antes que os traficantes mudem de itinerário", declarou o ministro austríaco do Interior, o conservador Gerhard Karner.
Nos três países citados, esses controles devem durar cerca de dez dias.
A Eslováquia registrou, recentemente, um aumento no número de migrantes nas suas fronteiras, procedentes da Sérvia, através da Hungria.
Nos primeiros oito meses do ano, o país detectou cerca de 24.500 migrantes que entraram de forma ilegal, quase 11.000 a mais do que em todo o ano anterior, segundo a polícia eslovaca.
A maioria deles se identifica como sírios que, segundo as regras internacionais, não podem ser detidos, ou expulsos.
O primeiro-ministro eslovaco em final de mandato, Ludovit Odor, prometeu nesta terça-feira uma resposta. Temendo "um efeito dominó", afirmou que a questão da migração precisa de "uma solução europeia".
Robert Fico, cujo partido Smer-SD venceu as eleições legislativas eslovacas no último sábado (30), prometeu introduzir rapidamente controles na fronteira húngara, caso se tornasse primeiro-ministro.
N.Baggi--IM