Il Messaggiere - Cerca de mil agentes intervêm em cidade do Equador tomada pelo crime

Cerca de mil agentes intervêm em cidade do Equador tomada pelo crime
Cerca de mil agentes intervêm em cidade do Equador tomada pelo crime / foto: STRINGER - Ecuador's Interior Ministry/AFP

Cerca de mil agentes intervêm em cidade do Equador tomada pelo crime

Ao menos mil agentes, entre policiais e militares, entraram, neste sábado (30), em Durán, cidade vizinha a Guayaquil e foco da violência do crime organizado no Equador, informaram as autoridades.

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Fortemente armados, os agentes fizeram batidas em residências e percorreram as empoeiradas ruas de bairros pobres em busca de armas, explosivos e drogas. Durante a operação, foram encontrados fuzis, revólveres, cerca de 1.500 munições, coletes à prova de balas e explosivos, segundo um balanço das Forças Armadas.

O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, acompanhou o início das operações com um apelo aos agentes usarem as armas contra as quadrilhas, um mal crescente no país, juntamente com o narcotráfico.

"Usem a arma contra os violentos, contra os que acharam que este cantão é território de máfias, de grupos criminosos organizados", disse o presidente.

O ministro do Interior, Juan Zapata, disse que na última semana houve um "pico altíssimo de mortes violentas", mas que estas diminuíram de 36 a 7 (por semana) com a presença da polícia e dos militares.

O ministro explicou que "95% das mortes são (causadas pela) violência criminosa" em Durán.

Além disso, entre janeiro e setembro, 16 policiais foram mortos e 30 ficaram feridos por armas de fogo, segundo a unidade policial da zona 8, que abrange as cidades de Guayaquil, Durán e Samborondón, no sudoeste do país.

Em imagens compartilhadas pela pasta e pelas Forças Armadas, veem-se militares com armas longas revistando motociclistas. Também há vídeos de policiais derrubando portas de residências e revisando civis.

Os homicídios quadruplicaram nas ruas do Equador entre 2018 e 2022, alcançando o recorde de 26 por 100.000 habitantes.

Esta taxa no país de 16,9 milhões de habitantes, segundo o censo de 2022, chegará a 40 este ano.

Concomitantemente com a operação em Durán, cerca de 800 policiais e militares entraram em um dos pavilhões da Penitenciária de Guayaquil para fazer uma revista em busca de armas no contexto de um estado de exceção que vigora em todo o sistema carcerário.

Desde fevereiro de 2021, cerca de 430 presos foram mortos em confrontos, que deixam um rastro de corpos esquartejados e carbonizados nas prisões, usadas como centros operacionais das organizações vinculadas a cartéis do México e da Colômbia.

O.Esposito--IM