Chuvas dificultam busca por sobreviventes de deslizamento de terra na Colômbia
As fortes chuvas desta quarta-feira (19) dificultam o trabalho dos socorristas, que procuram por 13 pessoas desaparecidas após um grande deslizamento de terra que deixou ao menos 15 mortos na Colômbia, disseram autoridades à AFP.
Durante a manhã "tivemos que suspender temporariamente (as buscas) devido ao problema das chuvas, é um risco para o pessoal", disse o capitão Álvaro Farfán, chefe dos bombeiros do departamento de Cundinamarca, onde fica Quetame, o município afetado.
Pouco antes da meia-noite de segunda-feira, cerca de vinte casas foram destruídas por uma avalanche de lama e pedras causada pelas fortes chuvas em Quetame, localizada a cerca de 60 quilômetros ao sul da capital, Bogotá.
Na terça-feira, agências de emergência recuperaram 15 corpos, incluindo os de quatro menores, antes que a noite os obrigasse a suspender o trabalho. No momento, 13 pessoas ainda estão desaparecidas.
A avalanche também devastou uma ponte de veículos na estrada que liga Bogotá a Villavicencio, a maior cidade do sudeste do país, com cerca de 500 mil habitantes.
Essa rodovia, um dos principais corredores de transporte de carga da Colômbia, ficará fechada pelo menos até o final da próxima semana, segundo o governo de Cundinamarca.
O prefeito de Quetame, Camilo Parrado, afirmou que a lama atingiu dois metros de altura em algumas áreas.
A geografia montanhosa e os diversos cursos de água da região tornam comum esse tipo de deslizamento na estrada.
"A recorrência desses eventos fatais justifica uma discussão (...) sobre medidas substantivas para a estabilização da região. Proponho a configuração de uma área de reserva florestal ao longo da rodovia e de seus afluentes", escreveu o presidente, Gustavo Petro, em sua conta no Twitter.
O presidente de esquerda também anunciou a abertura de "cinco voos adicionais" entre Bogotá e Villavicencio "para superar a emergência".
A estação chuvosa na Colômbia começou em junho e geralmente dura até novembro. No ano passado, deixou cerca de 300 mortos e 700.000 afetados, incluindo 34 pessoas que morreram quando o ônibus em que viajavam foi soterrado por um deslizamento de terra no oeste do país.
I.Barone--IM