Ataque com explosivos mata três policiais e deixa 10 feridos no México
Um ataque com explosivos na terça-feira (11) à noite matou três policiais e deixou 10 pessoas feridas no estado mexicano de Jalisco (oeste), anunciou o governador Enrique Alfaro, que considerou a agressão um "desafio" ao Estado mexicano.
Funcionários do Ministério Público de Jalisco e da polícia "sofreram um ataque covarde com artefatos explosivos, que matou três colegas da polícia municipal, além de ter deixado 10 pessoas feridas", escreveu o governador no Twitter.
"Trata-se de um ato sem precedentes que evidencia do que são capazes estes grupos do crime organizado. Este ataque também representa um desafio para o Estado mexicano em seu conjunto", acrescentou Alfaro.
O gabinete de segurança do estado de Jalisco está investigando o atentado, que não foi atribuído até o momento a nenhum grupo criminoso específico.
O alerta do ataque, recebido pouco depois das 20h00 locais (23h00 de Brasília), indicou a presença de um veículo incendiado com cinco pessoas dentro em Tlajomulco de Zúñiga, subúrbio da cidade de Guadalajara, informaram fontes policiais.
O estado é a base de operação do Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG), uma das organizações de narcotráfico mais poderosas do México, com presença em boa parte do território nacional.
De acordo com o canal Televisa, a explosão teria acontecido muito perto do veículo em que viajavam os agentes das forças de segurança.
As autoridades investigam se o ataque utilizou granadas ou uma bomba de fabricação artesanal, um método que o CJNG já utilizou em outro estados mexicanos como Michoacán (oeste).
No domingo passado, um ataque executado com um drone carregado de explosivos contra uma casa de Apatzingán, no estado de Michoacán, deixou um ferido.
Em junho do ano passado, um ataque com um carro-bomba mato um agente da Guarda Nacional e deixou três feridos no estado de Guanajuato (região central).
Também na terça-feira, 13 agentes das forças de segurança que haviam sido sequestrados um dia antes por manifestantes no estado de Guerrero (sul) foram liberados após negociações com o governo.
As autoridades acreditam que o protesto teve influência de um grupo criminoso.
Desde 2006, quando teve início uma ofensiva militar contra o crime organizado, o México acumula quase 350.000 assassinatos, a maioria atribuídos aos grupos de narcotraficantes, além de dezenas de milhares de desaparecidos.
A.Goretti--IM