Detidos por tragédia em estádio em El Salvador serão novamente processados
Os cinco detidos após um tumulto que deixou nove mortos em uma partida de futebol em El Salvador serão processados por "violação das regras de segurança em modalidade agravada", anunciou o Ministério Público do país nesta segunda-feira (19), depois que um primeiro caso contra eles foi arquivado após um acordo financeiro com as famílias das vítimas.
A Quarta Vara de Paz de San Salvador "decretou a prisão preventiva contra todos os réus" em face desse novo processo, indicou uma procuradora em vídeo postado na conta do Twitter do Ministério Público.
Os cinco réus são o presidente do clube Alianza, Pedro Hernández, além de outros dois dirigentes do mesmo time e dois administradores do estádio Cuscatlán, onde ocorreu a tragédia, explicou a procuradora.
Todos estão presos desde 25 de maio, depois que o Ministério Público os acusou de "homicídio culposo e lesões culposas". Os réus chegaram a um "acordo de conciliação" em 2 de junho com as famílias das vítimas para arquivar o caso.
Ao final de uma audiência, o Primeiro Juizado de Paz de San Salvador ordenou a soltura dos cinco detidos no mesmo dia.
No entanto, a Procuradoria-Geral da República anunciou no mesmo dia que iria recorrer da decisão do tribunal. Com isso, os réus continuam presos, já que a justiça dá um prazo ao Ministério Público para apresentar suas alegações.
O Ministério Público não informou se já recorreu ou não a um tribunal superior.
A tragédia ocorreu no estádio Cuscatlán, em San Salvador, durante uma partida das quartas de final do torneio local entre os clubes Alianza e FAS.
Devido a este incidente, a Fifa anunciou no dia 14 de junho em San Salvador o início de um diagnóstico sobre as condições de segurança nos estádios de El Salvador, com a intenção de evitar que eventos semelhantes se repitam.
O chefe de segurança da Fifa, Serge Dumortier, não especificou na época quanto tempo levará para realizar essa análise, que servirá de base para "fazer recomendações" para melhorar a segurança dos torcedores nos estádios, disse ele.
J.Romagnoli--IM