Atacante holandês Quincy Promes é condenado a 18 meses de prisão
O atacante holandês Quincy Promes, do Spartak Moscou, julgado por ter esfaqueado um primo em uma festa da família, foi condenado a 18 meses de prisão nesta segunda-feira (19), em um tribunal de Amsterdã.
O jogador de 31 anos, que tinha se declarado inocente da acusação de "tentativa de homicídio involuntário", vive na Rússia e não compareceu às audiências do processo. A promotoria considerou que era "prematuro" pedir sua extradição.
Promes está "decepcionado" com a condenação e vai recorrer, informou à agência de notícias holandesa ANP seu advogado, Robert Malewicz.
O jogador era acusado de ter atacado seu primo durante em uma festa de aniversário em julho de 2020, quando uma briga estourou por conta de um suposto colar roubado.
O tribunal explicou que "levou em consideração o fato de que o suspeito era um jogador profissional e uma figura pública no momento de tomar uma decisão exemplar".
Também pesou na decisão Promes "não ter assumido suas responsabilidades", acrescenta a sentença.
O promotor, que tinha pedido dois anos de prisão ao jogador no ano passado, teve que descartar as acusações de tentativa de assassinado diante da falta de provas.
A investigação começou depois de escutas telefônicas relacionadas a outro caso, de tráfico de drogas, que também envolve Promes.
O atacante também é acusado desde maio de ter importado "várias centenas de quilos" de cocaína, principalmente através do porto da Antuérpia (Bélgica), informou o Ministério Público da Holanda à AFP.
"Conversamos rapidamente depois do veredicto", acrescentou Malewicz. "Ele estava decepcionado. Vamos estudar tudo atentamente, mas ele já pediu para recorrer", explicou o advogado.
Quincy Promes, que marcou sete gols em 50 jogos pela seleção da Holanda, disputou a Eurocopa em 2021, mas não foi mais convocado desde então.
O jogador, que ficou conhecido ao se destacar no Twente, antes de sua primeira passagem pelo Spartak Moscou (2014-2018), defendia o Ajax (2019-2021) no momento dos fatos.
Devido a seus problemas judiciais, retornou à Rússia, onde já tinha sido eleito o melhor jogador do ano (2017).
E.Mancini--IM